Setembro Amarelo e os perigos na pré-adolescência
O Setembro Amarelo é um movimento de conscientização sobre a valorização da vida e a prevenção ao suicídio. Embora muitos associem esse tema apenas a adolescentes ou adultos, é importante destacar que a pré-adolescência (dos 10 aos 13 anos) já é uma fase delicada, onde riscos e sinais de sofrimento não podem ser ignorados.
Por que falar sobre isso na pré-adolescência?
A pré-adolescência é marcada por transformações físicas, emocionais e sociais. É quando o(a) pré-adolescente começa a:
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Sentir necessidade de aceitação no grupo.
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Buscar identidade própria.
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Enfrentar pressões da escola, amizades e redes sociais.
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Experimentar mudanças hormonais que afetam humor e autoestima.
Nesse contexto, muitos se sentem confusos, isolados ou sem valor. Para alguns, isso pode se transformar em comportamentos de risco, autodestrutivos ou até em pensamentos suicidas.
Sinais de alerta que pais e líderes devem observar
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Mudanças bruscas de comportamento (isolamento, agressividade, silêncio excessivo).
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Frases que demonstram falta de esperança (“nada faz sentido”, “ninguém se importa comigo”).
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Alterações no sono e no apetite.
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Queda no rendimento escolar ou desinteresse por atividades que antes eram prazerosas.
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Autoagressões (mesmo pequenas, como arranhar-se).
É fundamental não ignorar nenhum desses sinais. Às vezes, o que parece “drama” ou “manha” pode ser um pedido de socorro.
O papel da família e da igreja
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Ouvir sem julgar: permita que o pré-adolescente fale e expresse seus sentimentos.
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Oferecer segurança emocional: ele precisa saber que é amado e aceito em casa e na igreja.
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Estar presente: tempo de qualidade, mesmo em pequenas doses, vale mais do que presentes ou permissões.
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Orientar o uso da internet: redes sociais podem aumentar comparações e sentimentos de inferioridade.
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Buscar ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras e médicos cristãos são parceiros importantes nesse cuidado.
A fé como fonte de esperança
Como cristãos, cremos que em Cristo há vida, propósito e restauração. Ensinar o pré-adolescente a:
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Orar e falar com Deus sobre suas dores.
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Conhecer a Palavra que afirma: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10).
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Caminhar em comunidade, cercado de irmãos na fé que apoiam e fortalecem.
Isso não substitui o cuidado emocional e médico, mas oferece uma base espiritual sólida que dá sentido e esperança em meio às crises.
Conclusão
O Setembro Amarelo nos lembra que a vida de cada pré-adolescente importa. Pais, líderes e igrejas precisam estar atentos, preparados e dispostos a oferecer apoio real. O cuidado começa em casa, se fortalece na igreja e pode ser sustentado também pela ajuda profissional.
Valorizar a vida é uma missão de todos nós.