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TDAH e Igreja: Um Chamado ao Cuidado

  • JesusUp
  • 4 min
  • 29/07/25
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Julho é o mês de conscientização sobre o TDAH, e a Igreja é chamada a acolher com amor os pré-adolescentes que enfrentam esse desafio

O mês de julho é marcado pela Conscientização sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No Brasil, o dia 13 de julho foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização sobre o TDAH, por meio da Lei nº 13.955/2019. A data visa informar a população, combater o preconceito e promover o acolhimento de crianças, adolescentes e adultos diagnosticados com esse transtorno que afeta, em média, de 5% a 7% da população em idade escolar.

O TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética, que compromete funções do cérebro como a atenção, o autocontrole e a capacidade de organização. Em pré-adolescentes, os sintomas mais comuns incluem desatenção, hiperatividade, esquecimento, impulsividade e dificuldade para manter o foco por períodos longos. Essas características muitas vezes são mal interpretadas, o que pode gerar julgamentos, exclusões e muito sofrimento.

Para quem está vivendo a fase dos 9 aos 13 anos, etapa já naturalmente desafiadora, o TDAH pode intensificar as inseguranças e as dificuldades nos relacionamentos, nos estudos e até mesmo na vida espiritual. Muitos desses jovens desejam agradar a Deus, participar das atividades da igreja e crescer na fé, mas enfrentam barreiras internas que nem sempre os adultos compreendem.

É por isso que a igreja tem um papel fundamental. Além de ser um espaço de ensino bíblico, a igreja precisa se posicionar como um lugar de empatia, inclusão e escuta. Líderes de ministérios com pré-adolescentes devem estar atentos e preparados para adaptar abordagens, acolher com paciência e oferecer suporte também às famílias.

Algumas práticas simples já fazem grande diferença. Usar mais recursos visuais e atividades dinâmicas, dar instruções de forma clara e com repetição, reduzir estímulos excessivos e manter a calma diante de episódios de impulsividade são formas de demonstrar cuidado. Também é importante não rotular a criança ou adolescente, e lembrar que cada um tem seus próprios dons e caminhos de aprendizado.

Famílias com filhos diagnosticados com TDAH também precisam se sentir abraçadas pela igreja. Um ambiente que ora junto, oferece apoio emocional e compartilha experiências pode ser uma grande fonte de força e esperança. A intercessão contínua da igreja é essencial, pedindo a Deus sabedoria para os pais, líderes e profissionais envolvidos no cuidado dessas crianças.

Aprender sobre o TDAH é também uma forma de exercer o amor cristão na prática. À medida que nos informamos, quebramos estigmas e ajudamos a construir um ambiente onde esses jovens se sintam amados, valorizados e capazes de servir ao Reino com alegria.

E, para encerrar esta reflexão com base na Palavra, fica o convite para que todos nós, como igreja, vivamos o que o apóstolo Paulo nos ensinou:

“Carreguem os fardos uns dos outros, e assim cumpram a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)

Que o mês de julho seja um ponto de partida para uma igreja mais sensível, preparada e acolhedora com aqueles que enfrentam o TDAH. Que o Espírito Santo nos conduza com sabedoria e compaixão.