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Pais em Alerta: Como a Cultura Woke Está Influenciando Nossos Filhos

  • JesusUp
  • 7 min
  • 09/04/25
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Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo com o passar dos anos, não se desviará dele.” – Provérbios 22:6

Vivemos em um tempo em que os valores do mundo mudam rapidamente. Aquilo que era considerado errado ontem, hoje é exaltado como virtude. O que antes era firme, agora é tratado como relativo. E no meio dessa mudança cultural, surge uma expressão cada vez mais comum: “cultura woke”. Talvez você nunca tenha ouvido esse termo, mas com certeza já sentiu seus efeitos dentro da sua casa, através dos filmes, desenhos e séries que seus filhos assistem.

Neste artigo, vamos entender o que é essa cultura, como ela está moldando a próxima geração, por que ela confronta o Evangelho e como nós, como pais cristãos, podemos responder com sabedoria, graça e firmeza.

O que é a cultura woke?

A palavra “woke” vem do inglês e significa "acordado", no sentido de estar desperto para injustiças sociais. Em sua origem, a proposta era combater problemas reais como o racismo, o preconceito e a exclusão. No entanto, com o tempo, essa ideia foi sendo apropriada por movimentos ideológicos mais radicais, que começaram a usar essa “consciência social” para questionar e até desconstruir valores morais, familiares e espirituais fundamentais.

Hoje, a cultura woke vai muito além de uma causa justa. Ela se transformou em uma forma de pensar e viver que influencia escolas, universidades, empresas, redes sociais e, principalmente, a indústria do entretenimento – o lugar onde muitos dos nossos filhos são educados, mesmo sem percebermos.

Como ela aparece nas mídias que nossos filhos consomem?

A maior parte dessa influência acontece de forma sutil. Em vez de discursos diretos, ela se manifesta nas entrelinhas dos roteiros, nas falas dos personagens e nas lições “bonitinhas” dos finais das histórias. Veja alguns exemplos claros:

  • Redefinição da família: Muitos desenhos e séries infantis apresentam estruturas familiares completamente fora do modelo bíblico, onde qualquer grupo de pessoas é considerado “família”, desde que haja “amor”. Parece inofensivo, mas é uma distorção do plano de Deus.

  • Ideologia de gênero: Cresce o número de personagens que “descobrem” que são de outro gênero ou que rejeitam completamente a ideia de homem e mulher como identidades fixas. Isso confunde as crianças em um período delicado da formação de identidade.

  • Inversão de valores: Personagens que têm fé são tratados como retrógrados ou motivo de piada, enquanto rebeldes, desobedientes e autossuficientes são exaltados como fortes e inspiradores.

  • Reescrita ideológica: Histórias e personagens clássicos estão sendo alterados para atender a uma agenda política e social. Isso não é inclusão saudável – é doutrinação sutil.

Esses conteúdos, ainda que apresentados como "inofensivos" ou “progressistas”, muitas vezes promovem uma visão de mundo que coloca o homem no centro e Deus de lado.

Por que isso confronta o Evangelho?

A cultura woke é, na essência, uma tentativa de reescrever a realidade com base na vontade humana, e não na verdade de Deus. Por isso, ela entra em confronto direto com o Evangelho. Veja como:

  • Nega a existência do pecado: Tudo o que é errado é culpa do sistema, da sociedade ou da criação. A Bíblia, por outro lado, ensina que o pecado é uma condição do coração humano (Jeremias 17:9).

  • Relativiza a verdade: Cada um tem “sua verdade”. Mas Jesus não deixou margem para dúvida: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). A verdade não é subjetiva, é uma pessoa: Cristo.

  • Troca Deus pelo ego: O lema atual é “seja você mesmo a qualquer custo”, mesmo que isso signifique rejeitar os mandamentos de Deus. A cruz, o arrependimento e a santidade são deixados de lado em nome da autoexpressão.

O que a Bíblia nos orienta?

A Palavra de Deus não nos deixa desamparados. Ela nos alerta sobre dias como os de hoje:

  • Romanos 12:2 – “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente.”

  • Colossenses 2:8 – “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, conforme as tradições humanas e os princípios deste mundo, e não segundo Cristo.”

  • 2 Timóteo 4:3-4 – “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentirão coceira nos ouvidos e seguirão seus próprios desejos, juntando mestres para si mesmos.”

Essas advertências são para nós, pais. Somos chamados a ser vigilantes, a proteger nossa casa, e a formar nossos filhos na verdade de Deus – mesmo que o mundo caminhe em outra direção.

Como os pais cristãos devem responder?

A boa notícia é que não estamos sozinhos. O Espírito Santo nos guia, e a Palavra de Deus nos instrui. Mas é preciso agir com intencionalidade. Aqui estão cinco passos simples e poderosos:

  1. Esteja presente: Não deixe que a TV, o tablet ou o celular eduquem seus filhos sozinhos. Acompanhe o que eles assistem. Pergunte, converse, participe.

  2. Discirna o conteúdo: Nem tudo o que é “para crianças” é inofensivo. Muitos desenhos têm mais carga ideológica do que novelas adultas. Seja criterioso.

  3. Ensine os fundamentos bíblicos: Fale sobre o que é verdade, identidade, pecado, perdão, graça. Dê ferramentas espirituais para que seus filhos reconheçam o erro quando o encontrarem.

  4. Dê o exemplo: O testemunho vale mais do que mil palavras. Se você vive o que prega, seus filhos vão perceber e aprender com você.

  5. Ore e confie: Faça sua parte com fidelidade, e confie que Deus guardará seus filhos. A semente da verdade, plantada com amor, dará fruto no tempo certo.

A cultura woke não é apenas uma moda passageira. É uma filosofia de vida que tenta moldar o coração da nova geração, afastando-a de Deus e colocando o ser humano no trono. Mas nós, pais cristãos, fomos chamados a resistir – não com raiva ou medo, mas com fé, sabedoria e amor.

“Eu coloquei você como vigia sobre a casa de Israel.” – Ezequiel 33:7

É hora de assumir nosso posto como guardiões espirituais da nossa casa. De ensinar a verdade com graça, resistir à mentira com firmeza, e guiar nossa família com os olhos fixos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:2).