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Demon Slayer: Castelo Infinito e a polêmica da classificação +18

  • JesusUp
  • 4 min
  • 12/09/25
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Nos últimos dias, o lançamento do filme Demon Slayer: Castelo Infinito gerou polêmica no Brasil. Diferente de outros países, aqui a obra recebeu a classificação indicativa de 18 anos, impedindo adolescentes — grande parte do público da franquia — de assistirem ao longa nos cinemas. O motivo: violência extrema, mutilações e temas sensíveis.

Para muitos, a decisão foi exagerada; para outros, foi um cuidado necessário. Mas, como cristãos, como podemos olhar para essa situação?

Entre cultura e discernimento

Vivemos em um tempo em que a cultura pop, especialmente animes e séries, atrai milhões de jovens. Histórias como Demon Slayer são ricas em emoção, estética e até valores como amizade, coragem e sacrifício. No entanto, também trazem fortes doses de violência e elementos espirituais que precisam ser discernidos com maturidade.

O apóstolo Paulo nos ensina:

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas nem tudo edifica. (1 Coríntios 10:23)

Isso não significa que toda obra cultural deva ser rejeitada, mas que devemos avaliar o quanto ela edifica nossa fé ou pode abrir brechas para influências que não agradam a Deus.

O peso da classificação indicativa

A classificação +18, por si só, não é um “selo espiritual”, mas um alerta. As autoridades responsáveis pela análise do conteúdo entenderam que certas cenas poderiam ser fortes ou marcantes demais. Esse tipo de decisão nos lembra da importância de também exercermos discernimento espiritual e cuidado sobre o que deixamos entrar em nossa mente e coração.

Jesus também nos adverte sobre a pureza do olhar:

“A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.” (Mateus 6:22)

O que vemos pode alimentar a fé — ou a violência, o medo e a insensibilidade.

O desafio dos pais e líderes

A polêmica do filme nos lembra da responsabilidade que pais e líderes cristãos têm. Em vez de apenas proibir ou liberar, é preciso conversar, orientar e discipular. O jovem precisa entender por que certos conteúdos podem não ser saudáveis espiritualmente.

Proibir sem diálogo gera curiosidade perigosa. Orientar com amor gera consciência e maturidade.

olhar além do hype

Como cristãos, não precisamos demonizar a cultura pop, mas também não devemos nos deixar levar pela onda do hype. O mundo vai continuar oferecendo histórias impactantes, emocionantes e muitas vezes violentas. Mas nós somos chamados a viver de maneira diferente:

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente.” (Romanos 12:2)

A polêmica de Demon Slayer: Castelo Infinito é uma oportunidade para refletirmos sobre o que temos permitido entrar em nossos olhos, corações e lares. Que possamos escolher sempre o que fortalece a fé e glorifica a Deus.