Devocionais

Portanto, não reine o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências.” (Romanos 6:12)

O Venom é um dos personagens mais marcantes da Marvel. Sua origem começa com o simbionte, uma criatura alienígena que não pode sobreviver sozinho e precisa de um hospedeiro humano. No início, ele se uniu ao Homem-Aranha. Para Peter Parker, parecia um presente: o traje novo aumentava sua força, agilidade e resistência, sem precisar de esforço extra. Mas, com o tempo, Peter percebeu algo estranho. O simbionte não apenas lhe dava poder — ele estava mexendo com sua mente e coração, tornando-o mais agressivo, egoísta e distante de quem realmente era.

Quando finalmente se libertou, descobriu que não era fácil se separar do simbionte. Ele grudava, se misturava, tentava dominar. E quando encontrou um novo hospedeiro, Eddie Brock, cheio de mágoa e ódio, a fusão se tornou ainda mais perigosa. Juntos, eles deram origem ao temido Venom. O simbionte não apenas potencializou o que já estava em Eddie, mas também tomou o controle em muitas situações.

Essa história é uma grande metáfora do pecado. O pecado raramente chega com aparência de monstro assustador. Geralmente, ele se apresenta como algo pequeno, atraente ou até vantajoso. Parece estar sob nosso controle, mas, pouco a pouco, ele começa a controlar nossas escolhas. Ele intensifica nossas fraquezas: transforma tristeza em amargura, raiva em ódio, inveja em destruição. E quando percebemos, já não somos nós que estamos no comando — o pecado tomou o volante.

Jesus deixou isso bem claro em João 8:34: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” O pecado é como um simbionte: ele promete poder, mas o preço é a escravidão.

Mas há um detalhe poderoso na história do Venom. Quem lembra dos filmes e HQs sabe que o simbionte tinha uma fraqueza: ele não suportava sons fortes, especialmente o toque dos sinos da igreja. Esse som ecoava de uma forma que fazia o simbionte se desprender e perder força.

Isso nos lembra de uma verdade espiritual profunda: o pecado não resiste quando a Palavra de Deus ecoa no coração. A Bíblia é como um sino que ressoa do céu, trazendo à luz o que estava escondido e quebrando as correntes que pareciam indestrutíveis. Foi por isso que Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32).

O pecado só reina no silêncio. Ele se fortalece quando ignoramos a voz de Deus, quando abafamos o som da verdade. Mas quando buscamos a presença de Cristo em oração, leitura da Palavra e adoração, é como se um sino celestial tocasse dentro de nós, expulsando o que não pode permanecer.

Assim como Peter Parker precisou escolher se libertar do simbionte, nós também precisamos escolher viver livres do pecado. E essa liberdade só é possível em Cristo. Ele já venceu o pecado na cruz, e nos convida a viver não como escravos, mas como filhos.

Reflexão:

• Que “simbionte” você tem deixado se apegar ao seu coração?

• O pecado tem tentado intensificar suas fraquezas?

• Você tem permitido que a Palavra de Deus ecoe forte dentro de você, como um sino que liberta?

Oração:
“Senhor, abre os meus olhos para perceber as áreas em que o pecado tenta me controlar. Que a Tua Palavra ressoe como um sino dentro do meu coração, expulsando tudo que quer me afastar de Ti. Quero ser livre em Cristo e viver guiado pelo Teu Espírito, e não pelas tentações que me cercam. Amém.”