Devocionais

Tears of the Kingdom e as Lágrimas do Reino de Deus

  • JesusUp
  • 5 min
  • 27/05/25
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Em Tears of the Kingdom, a continuação direta de Breath of the Wild, voltamos a um Hyrule que começa a se reconstruir — mas a paz ainda está distante. Há algo sombrio crescendo nas profundezas. Algo antigo, corrompido e poderoso. E mais uma vez, Link é chamado não apenas a lutar, mas a mergulhar ainda mais fundo no mistério e na dor de um mundo quebrado.

Logo no início do jogo, vemos uma ameaça emergir do subsolo — literalmente das profundezas da terra. Isso já nos lembra uma verdade espiritual: muitas vezes, o verdadeiro mal não está apenas no que vemos na superfície, mas nas raízes invisíveis do pecado que habitam o coração humano. E para que a cura aconteça, é preciso ir fundo. É preciso que a luz penetre até as sombras mais escondidas.

“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa, e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?”
Jeremias 17:9

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
João 8:12

Enquanto Hyrule tenta se erguer novamente, Link não apenas enfrenta monstros — ele precisa lidar com a dor do passado, com a perda de amigos, com a destruição que deixou marcas profundas. E isso nos fala de algo muito real: o luto, a dor, a fragilidade da vida. As “lágrimas do reino” são também as nossas lágrimas.

Mas a Bíblia nos revela que o nosso Rei — o verdadeiro Rei dos reis — também chorou. Jesus chorou ao ver o sofrimento. Chorou diante da morte. Chorou por Jerusalém, que rejeitava a paz.

“Jesus chorou.”
João 11:35

“Jerusalém, Jerusalém... quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!”
Mateus 23:37

No jogo, Link recebe habilidades novas vindas do alto — literalmente dos céus, com as ilhas celestiais que agora flutuam sobre Hyrule. Isso ecoa uma verdade poderosa: para enfrentar as profundezas do mal, precisamos do poder que vem do alto. Não basta força humana. Precisamos da graça, da sabedoria e da autoridade do céu.

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...”
Atos 1:8

E há algo muito profundo nessa nova fase: Link não está apenas restaurando estruturas físicas. Ele está participando da reconstrução de um reino. Assim como os seguidores de Cristo são chamados não apenas a viver sua fé pessoal, mas a fazer parte de algo maior — do Reino de Deus, que está sendo restaurado e manifestado aqui e agora, até o dia em que será consumado por completo na volta gloriosa de Jesus.

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça...”
Mateus 6:33

“Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”
Mateus 6:10

No final de Tears of the Kingdom, há um sentido de esperança. De continuidade. De missão. O mal foi vencido, mas a jornada continua. É uma imagem clara do tempo em que vivemos: Cristo já venceu na cruz, a vitória é certa, mas ainda caminhamos rumo à consumação total da promessa. Vivemos entre o “já” e o “ainda não”. E mesmo com lágrimas, seguimos firmes, porque sabemos que em breve toda lágrima será enxugada pelo próprio Deus.

“O Cordeiro... será o seu pastor; e os guiará para as fontes de água viva; e Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.”
Apocalipse 7:17

Tears of the Kingdom é uma história de profundidade, sacrifício e reconstrução — e, por isso mesmo, aponta para o maior de todos os Reis: Jesus, que desceu até nossas trevas, chorou com os que choram, venceu o mal na cruz, e está restaurando todas as coisas. Não com espadas nem com tecnologia, mas com amor eterno, graça imerecida e poder invencível.